No clima da ONU

Ex-Cônsul Geral do Brasil em Londres e em Nova York, diplomata aposentado, ex-presidente do IBAMA e ex-secretário Nacional do Meio Ambiente, entre outras atribuições, o embaixador Flávio Miragaia Perri foi o convidado especial da abertura do CIC, o Comitê Internacional do CEL. Trata-se de um evento anual do CEL Intercultural School, no qual alunos do Ensino Médio simulam assembleias da ONU, apresentando dilemas e soluções para diversos países.

Sob o olhar atento dos estudantes, Miragaia, representante permanente do Brasil na ONU para Agricultura e Alimentação e chefe de delegações em reuniões nas Nações Unidas, contou um pouco sobre a história da entidade e de sua trajetória profissional.

  • – Considero meritória a ideia do CEL em desenvolver o interesse dos alunos do Ensino Médio pela negociação internacional, especialmente no contexto das Nações Unidas. Foi uma ocasião especial, na qual percebi não apenas o interesse dos jovens, como, depois, na abertura do trabalho pelos alunos, um deles fazendo a condução do trabalho em um bom Inglês.

Aluno da 3ª Série, o ator João Pessanha foi ovacionado ao discursar sobre o Chile. Na apresentação na escola, as palmas vieram com o discurso sobre o Chile que terminou assim:

  • – Respeitem a África, respeitem os países do sul, respeitem os braços que construíram as potências, respeitem os braços que construíram esse mundo. Respeitem o berço da nossa humanidade, o ponto de partida de todo o mundo. Como diria o rapper brasileiro Emicida: “A África está nas crianças, e o mundo está por fora”.

João, aliás, curtiu muito a imersão na cultura do Chile:

  • Uma coisa que eu acho muito interessante na história chilena é o enfrentamento da população à ditadura militar, que tomou conta do país por 17 longos anos. Eles expõem de forma muito consciente os males que acometeram o país naquele período. E, inevitavelmente, o brilhantismo de Pablo Neruda, um poeta chileno muito poético e atemporal – destaca o aluno.
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Nossa história

“O CEL nasceu de um grande ideal e de uma grande paixão pela educação. De uma paixão que antecede a minha própria história. História de Antônia Vargas Cuquejo, a avó do CEL. A grande avó que, além de educar, trazia sonhos contando histórias. Antônia Vargas Cuquejo, fundadora do CEL, ajudava a realizar os sonhos.

A história do CEL está, também, ligada à história da vida de Antônio Fernandes Cuquejo nosso querido fundador.

Falar do CEL é falar da pipa vermelha. A pipa é o símbolo do CEL.

É vermelha porque representa a ação, a luta, a coragem, o dinamismo, o sangue, o guerreiro, a força, a fé e o amor.

Quando idealizei a pipa como símbolo para o CEL estava pensando em educação. A pipa anseia por grandes voos, pela liberdade… Mas como é feita de material muito delicado não pode ser exposta sem cuidados. A pipa precisa ser resguardada das intempéries da vida. Precisa ser recolhida diante dos grandes perigos.”

“Aos quatorze anos, cheia de sonhos, comecei a trabalhar numa pequena escola. Alimentados os sonhos, apaixonei-me. Tornou-se, então, impossível libertar-me dessa paixão pela educação.

Cada vez mais acreditando, segui. Continuei… 

Então, o CEL nasceu. Nasceu há mais de três décadas. Nasceu numa casa no Jardim Botânico. Éramos, então, uma pequena constelação. Uma constelação de apenas treze estrelas, mas com uma marca muito forte. Uma marca determinada com direção ascendente.

É porque acreditamos tanto no CEL…

É porque cuidamos tanto do CEL…

Tenho certeza de que daqui a alguns anos, olharemos para o céu e, a olho nu, poderemos constatar uma nova constelação – A Pipa.

As estrelas são vocês, professores e alunos que tanto ajudaram a construir o CEL. Muito obrigada por tudo.” 

Eliete Baptista Lopes

Fundadora do colégio

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